Recentemente o tema da SIDA esteve na agenda dos media, pelo facto de se reunir em Paris o 2º Congresso da Sociedade Internacional da SIDA (IAS). Durante três dias 6.000 delegados, provenientes de 120 países, discutiram o panorama actual da doença, bem como possíveis caminhos a seguir de forma combater a progressão da doença. Na sessão de encerramento o Presidente francês Jacques Chirac, mencionou alguns aspectos importantes e porventura decisivos no combate da SIDA. Do seu discurso de cerca de 20 páginas, foi a referência ao facto de existirem 110 países que recusam a entrada nas suas fronteiras de indivíduos seropositivos que ficou retida na minha mente. A luta contra o ostracismo e intolerância significa ainda um passo necessário e urgente a tomar para lutar contra a SIDA. Alguns governos legislam e apoiam a luta contra a SIDA ao mesmo tempo permitem a existência de leis absurdas e propícias a uma exclusão das pessoas doentes. Como será possivel a um doente com o vírus da SIDA, recorrer livremente aos melhores cuidados de saúde existentes, se é impedido entrar em determinado país? Ou será que é justo existirem doentes de primeira e outros a quem, por serem doentes, é negado o acesso a uma esperança de vida?
A data de 4 de Fevereiro de 1983 ficará recordada para a ciência como o dia em que se identificou o vrúus da SIDA. Contudo, o caminho a percorrer até ao total conhecimento sobre esta doença e ao seu eventual controlo afigura-se ainda longo e um tanto distante. No referido comentário publicado pela revista Nature, uns dos editores arriscava mesmo que serão facilmente necessários outros 20 anos para, talvez, se poderem realizar eventos festivos como os alusivos ao ADN. A incerteza inerente ao conhecimento científico leva à existência de prudência por parte da comunidade cientifica mas, paradoxalmente, esta incerteza transporta consigo também uma luz de esperança para os pacientes da SIDA.
"Nunca conheci quem tivesse levado porrada."
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