Não sabemos tudo. Nem tudo o que sabemos é verdade. Não sabemos quem é culpado e quem é inocente. Não sabemos quantos arguidos são inocentes, nem sabemos quantos culpados andam em liberdade. Não conhecemos os fundamentos da acusação, nem a solidez dos indícios, muitos menos das eventuais provas. Não sabemos se as prisões preventivas se justificam. A nossa ignorância é muito superior à verdade conhecida. E, no entanto, toda a gente tem opinião e muitos têm certezas. O excesso de opiniões fortes e indignadas é o próprio das situações de confusão. Como esta que vivemos, alimentada pela notoriedade das personagens e pela natureza titiliante do enredo. Mas também por outros factores menos agradáveis. Como as fugas de informação e as escutas telefónicas. Assim como as perturbações feitas ao processo judicial. (...)
Retiradas do retrato da semana, de António Barreto, no Público.
A minha posição, defendo-a sempre, é deixar a justiça trabalhar.
Os políticos governam ou criticam as opções de quem governa. Não devem opinar sobre investigações em curso. Sejam eles do meu partido ou não.
"Nunca conheci quem tivesse levado porrada."
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