"Nunca conheci quem tivesse levado porrada."

2003/10/26

Comungo estas palavras

Não sabemos tudo. Nem tudo o que sabemos é verdade. Não sabemos quem é culpado e quem é inocente. Não sabemos quantos arguidos são inocentes, nem sabemos quantos culpados andam em liberdade. Não conhecemos os fundamentos da acusação, nem a solidez dos indícios, muitos menos das eventuais provas. Não sabemos se as prisões preventivas se justificam. A nossa ignorância é muito superior à verdade conhecida. E, no entanto, toda a gente tem opinião e muitos têm certezas. O excesso de opiniões fortes e indignadas é o próprio das situações de confusão. Como esta que vivemos, alimentada pela notoriedade das personagens e pela natureza titiliante do enredo. Mas também por outros factores menos agradáveis. Como as fugas de informação e as escutas telefónicas. Assim como as perturbações feitas ao processo judicial. (...)

Retiradas do retrato da semana, de António Barreto, no Público.
A minha posição, defendo-a sempre, é deixar a justiça trabalhar.
Os políticos governam ou criticam as opções de quem governa. Não devem opinar sobre investigações em curso. Sejam eles do meu partido ou não.

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