Ultimamente muito se tem falado de casamentos. O mais recente é o putativo casamento do futuro herdeiro da Monarquia Espanhola.
Pessoalmente, num espaço de um ano, fui convidado para cerca de uma dezena de casamentos.
Provavelmente o ritmo vai manter-se, tendo em conta as informações que vou recebendo de amigos e familiares. Fico contente, pois sabe sempre bem ver os nossos amigos e familiares a dar mais um passo na vida. Vou também ficando mais maduro e já analiso as coisas em outra perspectiva.
O meu, se me casar, ainda vai demorar um pouco. Pelo menos mais uns anitos continuarei "single".
Ultimamente tenho recebido várias notícias que, pessoas conhecidas, colegas ou amigos, terminaram relações. Não falo só sobre namoros com alguma estabilidade cronológica e sentimental mas, também sobre o desfazer de casamentos. Mais confuso é que alguns, ou são muito recentes ou então outros são matrimónios de décadas.
O que se passa?...
Antes de mais dou a minha opinião bem pessoal sobre estas atitudes. - Não sou pessoa de ficar no conforto, mesmo não estando feliz e bem comigo próprio, de uma vida simples e calma. Aprecio as pessoas que, é necessário reconhecer isso, num acto de coragem analisam sentimentos e, nessa perspectiva, assumem que têm de fazer algo. Não se acomodam e não deixam o corroer lento, mas canibal, do espírito e da alma. A vida é curta e se andamos por cá a fazer fretes, gastando-nos aos poucos e deixando morrer a nossa identidade, então não prestamos para nada!
Dito isto, lanço a minha reflexão sobre este aumento, suponho exponencial, do rompimento de relações afectivas.
Tenho uma análise muito curiosa sobre estes eventos da sociedade dos dias de hoje. Analiso em duas vertentes: uma obvia e outra muito própria e até, provavelmente, descabida para alguns. Vamos a isto...
Hoje existe, sem dúvida, uma sociedade diferente. As mulheres, felizmente, possuem na sociedade igualdade de tratamento relativamente aos homens. Ora isso leva a que as mulheres não tenham hoje aquele papel, antiquado e redutor, de dona de casa e responsável pelo o funcionamento da familia em termos logísticos. Nesse sentido, as mulheres são mais independentes. Essa independência, financeira, sentimental e até fisíca, retira um certo receio na atitude do rompimento. Muitas das vezes, há uns tempos atrás, as mulheres sabiam que era enganadas mas, o divórcio era sempre uma solução não válida em termos de sobrevivênvia efectiva. Depois como a própria sociedade era manifestamente machista, as que se divorciavam eram, maioria dos casos, encaradas com as culpadas do desfazer da família. Nos dias de hoje isso já não acontece. Depois, os homens, tendo consciência dessa independência da mulher, sentem-se libertos para assumir os seus sentimentos, sem actos de compaixão cobarde. Embora muitos discordem comigo, creio que esta visão é muito certeira.
Mas como disse esta é a análise obvia. A outra, tenho para mim que se deve ao facto de hoje ser fácil a comunicação entre seres humanos.
Telemóveis, emails, video-conferências; é rapido e é fácil entrar em contacto com quem quer que seja onde quer que esteja. É fácil e rápido, logo a sua utilização está ao alcance de todos!
Num passado recente, era mais difícil contactar alguém. Os namoros tinham início entre pessoas com vidas ou trajectos socio-economicos comuns. Os encontros eram mais rarefeitos no tempo. Existia, quase obrigatoriamente, o contacto pessoal. Hoje, com uma sms planea-se um encontro ás escondidas. Envia-se um beijo, uma declaração de amor, sem estar ao lado da pessoa receptora. Dantes eram necessárias cartas, ou presença física, nestes tempos recentes deixou de ser estritamente necessário. Claro que é redutor, e talvez até muito falsa a ideia de que é possível conhecer a pessoa sem um contacto mais pessoal, mas o facto é que é fácil e ajuda. Os toques, as sms, os emails, as fotos pela internet, ajuda e potencia o despertar de sentimentos que poderiam eventualmente adormecer com o tempo e com a falta de alimento pela via da comunicação... Mas o facto é que esses sentimentos existem e existiam provavelmente antes. Por isso embora ajude, a incognita essencial contínua a ser o sentimento. Sem o sentimento profundo e acolhedor da alma de nada adiantam os novos meios de comunicação.
Dito isto, afirmo que não abdico, nem tão só acho que seja minimamente compensador a falta, do contacto pessoal e a interacção sentimental entre dois humanos.
...
Chega por hoje de ideias...
O Rio Ave Futebol Clube, ganhou!!! Como "Bileiro" afirmo: "MAI NADA!!!"
Segunda, ínicio de nova semana. Vamos a isto, bola para a frente!
Inté!!
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