A noticia publicada no Publico de ontem merece ser lida com bastante atencao. Devo ate dizer que achei estranho que nos varios blogs de pessoas ligadas aos cuidados medicos, esta noticia pouca ou nenhuma referencia teve. Dos blogs que vi ( por exemplo,omedicoexplica,trenguices,blogamemucho ) esta noticia passou ao lado.
O nosso amigo Dupont, agora em blackout com o lapis de cor, que em tempos recentes se envolveu em discussao com o Besugo sobre os genericos, tambem nao comentou esta noticia. A ver vamos se ira comentar…
Bem, provavelmente convem esclarecer a noticia… Mais do que explicar o conteudo fica a propria noticia na integra (link).
Para alguem que trabalha numa area ligada ‘a biomedicina e que, em particular, aplica os seu conhecimentos de engenharia ao cuidado da medicina com o objectivo de desenvolver novas e alternativas estrategias para a formacao ou regeneracao de tecidos biologicos, as declaracoes do vice-presidente da divisao de genetica da GlaxoSmithKline devem ser lidas com incentivo e alento ao desenvolvimento de novas tecnicas de “drug-delivery” com taxas de eficiencia superiores as actuais.
Contudo o meu comentario concentra na coragem deste responsavel em afirmar sem rodeios que muitas das pessoas sao, em parte, enganadas quando disponibilizam os seus recursos financeiros na compra de um medicamento especifico. Com base no artigo em causa, 25% das pessoas, que sao tratadas por exemplo pelas drogas de combate ao cancro, esta a ingerir moleculas bioactivas que irao, muito provavelmente, ter um efeito mais prejudicial do que benefico.
No entanto estas declaracoes devem significar uma coisa de duas, a saber: a empresa se prepara para lancar e publicitar novas geracoes de medicamentos que, defenderam eles, serao exponencialmente mais eficazes; ou entao estas declaracoes deste alto-quadro foram irresponsaveis, no ponto de vista da empresa, e a sua continuidade na empresa podera estar compremetida.
Ja agora, vai uma aspirina?...
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