Eramos... todos "nova-iorquinos" ha uns tempos atras...

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Recentemente fez dois anos em que estive pela primeira vez nos EUA. Hoje vivo e estudo naquele país. Na altura dessa visita, ainda não tinha passado um ano do 11 de Setembro, éramos todos, nós europeus, “nova-iorquinos” e todo o sentimento anti-americano estava anestesiado e em “stand-by”. O “ground-zero” era um enorme buraco, delimitado por uma vedação metálica não opaca e rodeado de turistas, onde todos tiravam uma fotografia do local com o mesmo significado simbólico de “apoio à causa” como quem usa o “laço vermelho” símbolo do combate à SIDA. Curiosamente ou talvez não, há dois anos atrás não era tão critico, como hoje o sou, da sociedade norte-americana, contudo que fique bem claro que não me classifico como anti-americano. Considero-me apenas um europeu que, por razões profissionais se encontra nos EUA sem data certa do seu regresso anunciado, conhece a realidade e que não opta por uma atitude acrítica daquela sociedade.
Mas se por mim estamos conversados sobre a minha postura sobre os EUA, questiona-se o que mudou para uma alteração de sentimentos sobre os EUA? Quais as razões para, num espaço de tempo relativamente curto, se passar de “nova-iorquinos” para a actual atitude, europeia e “politicamente correcta”, anti-americana.