"Nunca conheci quem tivesse levado porrada."

2004/10/16

As mentalidades e expressao...




Uma troca de comentários no vilacondense, serviu de base para o Pedro, director do Jornal Terras do Ave, escrever o seu Editorial, onde aborda o facto de Vila do Conde ser uma cidade onde existe “uma mentalidade Binária”.
Concordo com o diagnostico/analise que o Pedro executa sobre a “nossa princesa do ave”.
No entanto se concordo com a analise que em muitos aspectos Vila do Conde é uma cidade que funciona a preto e branco e sem tonalidades de cor, onde a politica local é exemplo paradigmático disso mesmo, não posso estar mais em desacordo com o exemplo dado por ele.
Assim, no sentido oposto em que o Pedro recolhe inspiração num blogue para o seu Editorial, eu, “quem não se sente, não é filho de boa gente”, decidi fazer o percurso inverso e com base no seu Editorial escrevo este post no Lápis de Cor.
Pedro utilizou uma pergunta do Nelson e uma resposta minha para comprovar e ficar desolado com a mentalidade das novas gerações de “bileiros”. O Pedro entendeu de forma errada a base do meu comentário, pois se não é de agora que escrevo e defendo de que deveriam existir mais blogues (o arquivo deste blogue não me deixa mentir) em Vila do Conde. Mas ao contrario do que o Pedro conclui, não numa de contra-vapor dos blogues já existentes, mas sim porque aumentava-se a discussão de ideias, tão pouco habitual em Vila do Conde (basta ver o aumento em qualidade e quantidade na discussão de assuntos locais que tem existido actualmente desde que, em boa hora, o Miguel começou a abordar temas da cidade).
Na altura em que escrevi o referido comentário o fiz numa base irónica e não no sentido em que o Pedro a entendeu (tinha até mesmo a ideia de que tinha introduzido um smiley ☺, no fim de uma das frases. A própria palavra “cruzada” utilizada por mim, acusa-me nesse sentido irónico com que escrevi esse comentário), até porque se confesso que em algumas matérias sou “binário” na defesa da minha cidade (Praça, Rio Ave, etc...), em questões politicas não me entendo, de facto, como um bom exemplo de quem “têm uma visão envelhecida sobre Vila do Conde”. Devo ainda acrescentar que mais injusto foi, na minha opinião o seu editorial, na utilização das palavras do Nelson, porque se no meu caso possa existir um entendimento dúbio (devido ao facto de não ter sido capaz de expressar por palavras a ironia de tentar imitar as frases do boneco “valentão” do contra-informação), o comentário do Nelson não esta nada de acordo com a ideia que o Pedro deixa.

No fim, este post serve para deixar a correcção das minhas palavras e a mim deixou-me a pensar na utilidade de se usar certas “ferramentas” para ajudar a expressar ideias. Por experiencia de estar longe de quem gosto (e normal utilização de programas de “chat”), varias vezes notei que a presença de um pequeno símbolo no fim de uma frase altera o seu sentido final. Estes símbolos estão, muitas das vezes, para a expressão escrita, como a entoação e tom de voz está para a expressão oral... E neste caso a sua ausencia resultou num editorial de um jornal...

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