Desde que cheguei a Portugal, em vários locais e de vários interlocutores, ouvi inúmeras queixas e preocupações sobre o estado da ciência em Portugal.
É triste e bastante preocupante.
O interessante, para não escrever preocupante, é que as pessoas ligadas à ciência (por exemplo a FCT) provêem sempre do Instituo Superior Técnico. Nós, restantes portugueses não licenciados ou ligados a esse “farol do conhecimento” que é o Técnico, apenas temos de reconhecer as nossas limitações intelectuais e dar anuência aos iluminados que o Técnico produz, isto tudo para o bem do pais e da unidade nacional, claro esta!
Obviamente que sempre que discuto estes aspectos com pessoas da zona da grande Lisboa, sou bombardeado, literalmente, com o titulo de quem tem inveja de Lisboa. Enfim, as normais manobras de diversão, pois de facto o importante não é discutir o problema a sério mas sim manter o que existe... O normal é que sempre que inicio uma destas discussões, a centralidade excessiva e prejudicial da capital, o tema alvo da discussão é esquecido no arrolar das tretas sobre os nossos (restante pais) ciúmes sobre Lisboa.
Vamos a factos concretos... Anunciado e noticiado a disponibilização de verbas para o reequipamento cientifico das instituições de investigação.
Questão: - Qual foi a instituição nacional que teve direito à maior fatia?...
Já adivinharam?... Não?... Vá lá estamos em Portugal, onde a palavra critério tem sempre um valor subjectivo e nunca objectivo. Não, não foi a instituição nacional com maior produção cientifica.
Pronto, chega de coisas, foi, obviamente, o “farol” Técnico. Mas tenho perder este meu mau feitio de reclamar e de ser “invejoso” para pensar no pais. Tem lógica a atitude tomada, se atendermos que apenas o “farol” pode formar “iluminados” que pensam a ciência em Portugal, compreende-se que existam lá os melhores equipamentos...
Mas como eu muitos outros, “burros”, “bimbos”- os invejosos, temos de ter paciência e alertar para estas situações... As vezes com medo de cair no ridículo e “porque parece mal” as coisas mudam um nanometro...
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