Imaginem que estão sentados em casa ou no cinema a ver um filme... O filme é de terror. O que mais os assusta? A banda sonora, o trabalho de câmara do realizador ou as expressões faciais do actores do filme?...
O português António Damásio há muito que se dedica ao estudo de como o nosso cérebro processa, analisa e responde a processos de linguagem, de decisão e emoção. O último número da revista Nature deu honras de capa ao recente artigo de Damásio. Vale a pena a sua leitura.
- Mas o que nos diz o referido artigo?
Basicamente estuda a importância da “amygdala”- zona do cérebro conhecida como sendo critica para a percepção do medo, no reconhecimento do medo com base na expressão facial. Como amostra de estudo utilizaram uma pessoa que apresenta lesões ao nível da “amygdala”. Essa pessoa, designada por SM, focalizava a sua atenção visual na boca e no nariz e não nos olhos, como normalmente acontece nas pessoas “normais”. Interessante foi a constatação que SM apenas falhava na percepção do medo, sendo que a restante identificação de emoções, tais como alegria e tristeza, se mantinham normais e correctas. O referido estudo oferece novas pistas de como o cérebro processa certas estímulos do meio-ambiente e os associa a determinadas respostas.
PS - Curioso que este artigo nao teve publicidade em Portugal...
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