"Nunca conheci quem tivesse levado porrada."

2005/05/05

Errado, meu General




Ponto prévio,
O autor do Lápis de Cor sabe perfeitamente (entendeu há muito tempo...lá esta, caro Dupont, existem vícios (a seu bem, preferi escrever “vícios” em vez de defeitos) do carácter humano que não desaparecem, nem mesmo utilizando uma identidade dissimulada) qual e’ a linha editorial do vilacondense, relativamente ao Lápis de Cor: assobiar para o lado (ignorar, permitir arrogância ao achar que tudo que sai deste lado não merece post ou referencia. “Não oferecer page viewers ‘a nossa custa” e’ a palavra de ordem) e não se dignar a entrar em dialogo com blogues inferiores da cadeia de vaidades intelectuais que e’ hoje grande parte do “establishment” da blogesfera nacional. Contudo, e como em tudo na vida do autor Lápis de Cor, não ando por cá para agradar “A” e/ou ter compinchas mediante calculo pessoal futuro. Amorfo, acrítico, vazio de opinião, nunca! Não, o Lápis de Cor apareceu em forma de blog para expressar opiniões e permitir a existência de discussões. Nesse sentido, pouco me importa se muitas das vezes (no caso especifico com os autores altaneiros do vilacondense, a esmagadora maioria das vezes...) acabo a falar sozinho. Por cá, Lápis de Cor, os post tem uma identidade, um autor. O Lápis de Cor não existe com fins políticos, não serve para aumentar o ego do autor e principalmente não e’ um tubo de ensaio para outros voos pessoais. Por todas as razoes, o Lápis de Cor, estará sempre disponível para discutir com quem quer que seja.



Sim, meu caro General Alcazar, também me impressionou a noticia do recente assassinato da menina de cinco anos, aparentemente, executado pelo pai e avó. São poucas as pessoas que ficam indiferentes a casos deste tipo. No entanto, permite-me discordar com a segunda parte do seu post, nomeadamente quando aparece espelhado no seu texto a existência da “mentalidade guardiã dos valores da sociedade”. Especifico, o meu General afirma: “A sucessão de acontecimento semelhantes nos últimos tempos revelam o percurso decadente da sociedade, em que a crise de valores ganha tamanhas expressões que tornam legítimo que se questione o substrato da natureza humana.
Não se tratam de problemas dos outros.”
. Eu desconheço que tal seja verdade, “sucessão de acontecimentos semelhantes”, não dispondo, ambos (corrija-me se os tiver), de dados nesse sentido. Mas mais importante, discordo em absoluto que a existência destes eventos trágicos seja elemento causa/efeito da sociedade actual. Não e’ nada difícil, basta percorrer a cronologia da historia humana, reconhecer relatos de casos idênticos em diferentes alturas da humanidade. Tenho para mim que existe em nos uma parte selvagem (upregulated nuns, downregulated na esmagadora maioria de nos) intrínseca ‘a nossa espécie humana e nada adequada a uma vivencia saudável em sociedade. Devo ainda acrescentar do que ao contrario do que faz valer no seu texto, General, o evoluir da sociedade de hoje, leva a uma diminuição da ocorrência destes casos. O aumento dos níveis de educação de uma sociedade resulta, também, numa diminuição dos níveis de violência (atenção: não escrevi “crime”, mas sim dos "níveis de violência das sociedades", existindo vários estudos que apontam nesse sentido).
O problema e’ que sempre que acontecem casos semelhantes, aparecem de imediato os comentários, como o seu, a defender penas pesadas e urgência de definir diferentes e “melhores” padrões morais para a sociedade...

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