"Nunca conheci quem tivesse levado porrada."

2004/03/09

Somos curiosos...

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Somos curiosos… Nós, portugueses, somos realmente curiosos. Muitas das vezes é necessário o reconhecimento exterior e público, para sermos avaliados positivamente por entre os nossos pares. Dá a impressão que é uma obrigatoriedade. Não se fazem juízos de valor centrados na qualidade da pessoa ou no seu trabalho.

Também relacionada com esta necessidade de uma análise exterior para se notar o que vai por dentro, é o facto de de ser preciso “alguém de fora” fazer notar que algo que não vai bem, para num ápice toda a gente começar a discutir o problema. Assim aconteceu, por exemplo, com a questão da prostitutas de Bragança. Aconteceu ainda mais recentemente com o tema da “fuga de cérebros”. Vivemos bem com os problemas desde que não estejam referenciados e diagnosticados. Sabemos que ele existe mas mantemos, numa enervante teimosia, um espírito conservador e acomodado. Parece ser sempre preferível esperar que alguém, que não nós próprios, resolva o problema. Preferimos sempre sofrer aos poucos e todos os dias, do que sofrer tudo de uma só vez e resolver os problemas.

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