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Sim hoje, especialmente, sinto a tua falta...
Não sei bem porquê, hoje...
Na realidade, são raros os dias em que não me lembro de ti!
Mas hoje... Sinto realmente a tua falta...
Não sei se será o facto de hoje se iniciar mais um torneio do Grand Slam de tenis, desporto (entre muitos) que me fizeste apreciar!
Quantas tardes tavamos juntos a ver diferentes desportos... Em todos era um prazer ouvir todo o teu entusiasmo e sabedoria sobre o assunto. Eu disfarçava ignorancia sobre o assunto, lendo algumas coisas sobre um atleta especifico... Dessa forma mais apreendia e partilhava momentos contigo!
Confesso que poucas as vezes te fui visitar, ultimamente... Mas tu conheces-me, sou assim, tenho as minhas manias e os meus disfarces de gajo duro e que passa sempre por cima de tudo...Mas no fundo, recalco todos os dias o nosso ultimo abraço... Sim foi um abraço o nosso último contacto físico... Foi em frente à praia... Local onde ainda este verão joguei volei de praia num torneio com o teu nome... Poucos sabem disso mas foi ali, a ultima vez que nos vimos, naquele passeio, logo à saida daquele bar-café. Da ultima vez que tive em Portugal, fui lá varias vezes tomar café e disfrutar o mar, sozinho ou acompanhado... Eu sabia e sentia sempre que tinha sido ali, naquele local, que te dei um abraço e como sempre recusei palavras de adeus... Não gosto de despedidas...
Os olhos... Tenho a mania de estudar os olhos... Os teus olhos, azuis, vivos e cheios de alegria... Sempre segui os olhos das pessoas... Dizem coisas, mostram caminhos, dizem sempre a verdade! No teu caso, para mim não era necessário olhar para os teus olhos, confiava cegamente naquilo que dizias e fazias... Eramos parecidos em alguns pontos...
Sabes, quando se conhece realmente alguém a sério, a gente sabe perfeitamente como a outra pessoa reage... De ti, entre nós e o nosso grupo de amigos, não necessitamos de falar tantas vezes uns com os outros... Sabemos sempre como um reage... Se me diziam algo sobre ti, naquele preciso momento sabia se era verdade ou não aquilo que me contavam. Da mesma forma sabia que tudo o que falavas a meu respeito era verdade.
Não sei porquê... Veio de repente e sem um aviso prévio, mas sinto muito a tua falta e tenho de o dizer...
Sempre com um sorriso nos labios te lembro! A mim mesmo prometi que o iria fazer!
Neste momento lembro-me do nosso último São João... Tu que tinhas essa qualidade rara... De forma natural, fazias toda a gente que estivesse perto de ti ficar bem disposta... Vão fazer dois anos... Depois de uma saca de farturas e no local dos antigos estaleiros, num minuto, fizeste com que aquele São João fosse memorável.
Mesmo não sabendo nem te apercebendo disso, não eras nada dado a isso, eras e serás sempre o "lider" do nosso grupo! Claro, que nunca te disse isso, nunca te fiz sentir isso, as coisas não acontecem por decreto, por imposições. São assim e pronto! Poucos ou mesmo nenhuns foram os nossos amigos que se distanciaram do grupo... Foste tu! Eras a cola que nos unia!!! Tinhas um pouco de cada um de nós, da mesma forma que cada um de nós ficou com um pouco de ti... Cada um à nossa maneira... Caramba, sinto mesmo a tua falta!
Hoje, não sei bem porquê, sei que te ligava e falava contigo!!!!!!! Sei que me animavas! É isso que tento fazer!
Estupidamente ainda tenho o teu numero no meu telemovel. No outro dia sem querer liguei esse número... Quase chorei de desespero... Pior é que mesmo que o apague, ele não vai... Não sei, não tenho memorizados, muitos números e mesmo não o utilizando há bastante tempo, ainda o sei de cor... 3303008
Ás vezes dou por mim a fazer os teus habituais "massacres pessoais"... "Que é isto, Eduardo Alexandre!!!"
Não sou consumista nas pessoas... Não acredito que existam sentimentos fortes com prazos temporais ou estipulações locais ou de distância... Tu sabes... Não digo "amigos da faculdade"... Ou são ou não são amigos... Não se pergunta a ninguém se quer ser nosso amigo... Entre mim e ti, não necessitamos de nos justificar! A gente sabe!
Hoje, de uma forma um pouco estranha, sinto mesmo muito a tua falta!
"Há que soltar as amarras!", utilizei eu uma vez e tu não deixaste cair essa frase. Era tua, pois tu a utilizavas para falares de mim... Hoje é nossa!
"Nunca conheci quem tivesse levado porrada."
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